domingo, 27 de junho de 2010

Tristania



O Tristania é uma banda de Doom / Gothic Metal da Noruega, atualmente mais voltada ao Gothic Metal, tendo como principal característica o uso de três linhas de vocais – um feminino, um gutural e um limpo, a banda tem três vocalistas – que proporciona uma variação de clima muito interessante.
Um dos principais diferenciais do Tristania é o uso de violino em algumas musicas, criando um clima sublime e belo em algumas passagens, embora pareça estranho, cai muito bem à proposta musical do grupo. O teclado por sua vez tem papel predominante em alguns álbuns, onde a banda segue um caminho mais erudito e sinfônico, e sem este instrumento, talvez o resultado não seria tão funcional, como no World Of Glass; já em Ashes, a banda apostou em uma sonoridade mais orgânica e pesada, deixando de lado o lado erudito e tocando um som mais “reto”.
O álbum que define o estilo do Tristania é o World Of Glass, onde podemos perceber que a veia erudita da banda está bem mais presente, o principal indicativo disso é a utilização magistral de corais – feitos pela banda – em musicas como The Shining Path e Wornwood. Temos a belíssima Deadlocked, cantada pela bela Vibeke e com uso de violinos bem ao estilo do Tristania, duvido que alguém escute essa musica e não seja transportado para algum lugar especial em seu coração; em Hatred Grows a banda apresenta um tema mais progressivo (na visão do Tristania, claro); World of Glass é a musica mais completa desse álbum, já que nela a banda mostra toda sua versatilidade em questão dos vocais, tendo os corais, o vocal limpo, o vocal gutural e novamente a voz angelical de Vibeke, com isso, o som se torna o mais puxado pro gótico de todo o cd, muito interessante essa música; já em Crushed Dreams, a banda mostra um tema perturbador e doentio na sua musicalidade, isso se da pela própria linha instrumental da musica, o que faz o ouvinte se sentir preso numa camisa de força em algum porão escuro e úmido; e pra terminar, temos The Modern End, um cover da banda norueguesa Seigmen, novamente temos um tema urgente, desesperador e doentio em que é retratado o fim da humanidade, essa musica tem alguns toques bem sutis de industrial, mas bem sutis mesmo, quase não da pra perceber e pra mim, é uma das melhores do álbum junto com Shining Path, Wornwood e Deadlocked.
Os destaques desse álbum são sua diversidade e complexibilidade musical desenvolvida pelo grupo, e pelo ótimo trabalho do baterista Kenneth Olsson, como sempre, que tem um estilo singular de tocar, muito diferente da maioria em seu estilo, enfim, um álbum completo de uma banda completa.

Outros álbuns que merecem destaque do Tristania são o Widow’s Week, que tem um direcionamento mais Doom e algo de Black Metal, e o Ilumination que pende mais pra linha do World of Glass.

Mas como nem tudo são flores, a vocalista Vibeke se desligou da banda e em seu lugar entrou Mariangela "Mary" Demurtas, tendo gravado o álbum Rubicon, não posso avaliar sua performance pois não ouvi o cd, mas imagino estar à altura do que é o Tristania hoje, uma excelente banda.
Abraços
Nei Batera


Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Lembrem-se, o blog não aceitará nenhum tipo de discussão referente a ideologias, posturas e posições político-social. Caso sejam postados comentários dessa natureza, eles serão excluídos.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial